O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou, em entrevista à Jovem Pan News Itapetininga, nesta quarta-feira, 21, que irá vetar o aumento do Fundo Eleitoral, também conhecido como ‘Fundão’. A proposta, que está incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pelo Congresso Nacional na semana passada, propõe a destinação de R$ 5,7 bilhões para as campanhas eleitorais de 2022. Durante a entrevista, Bolsonaro disse acreditar que seu veto não irá resultar em complicações políticas para o governo e defendeu que a verba seria melhor aplicada em outras áreas. “Eu vou vetar e fica na mão no parlamento derrubar o veto ou não. Eu mandei para o parlamento a reforma fundiária e o Rodrigo Maia deixou caducar a MP. Paciência. Quando eles aprovam uma coisa lá e vem para cá, eu não tenho obrigação de sancionar, eu posso vetar também. Da minha parte não é retaliação, é questão de governabilidade. Espero que não tenha nenhum problema. Acho que não vai ter”, afirmou o presidente.
“Imagina esse dinheiro nas mãos do ministro [Rogério] Marinho? Ele completa a transposição do São Francisco, entre outras transposições, e você acaba com a seca no nordeste. Com isso dinheiro nas mãos do ministro Tarcísio [da Infraestrutura] , ele dá uma recapeada em grande parte das rodovias federais no Brasil e também conclui a BR 319, Porto Velho-Manaus”, elencou o Bolsonaro. O chefe do Executivo disse que o veto ao Fundão é um querer da sociedade brasileira e, para corroborar seu argumento, Bolsonaro citou a enquete realizada pelo programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan. O presidente ainda não decidiu se vetará outros pontos. “Eu aguardo o parecer da nossa assessoria. Cada ministério vai opinar. A gente vai vetar os R$ 6 bilhões, essa que a ideia. A gente não vai acabar com o Fundão, porque ele é lei e eu não tenho esse poder. Mas não vão ser R$ 6 bilhões. O parlamento tem como resolver isso na própria votação do Orçamento agora no final do ano”, disse.