ITAPETINGA-SUDOESTE BAIANO
Há quem diga que é prematuro se pensar na disputa de 2024, sendo que tanto prefeito quanto vereadores estão apenas iniciando seus respetivos mandatos. Mas política é uma coisa dinâmica e deixar para decidir certas coisas em cima da hora não é bom, vide o fiasco que foi o resultado das oposições, em Itapetinga, nas eleições do ano passado.
Um amigo me afirmou hoje que o candidato do prefeito em 2024 será o atual vereador Luciano Almeida/MDB, que teria sido poupado pelo prefeito do desgaste na disputa pela presidência da Câmara, tipo: “Fica fora disso. Você é a minha carta na manga, para outro projeto”.
É evidente que o candidato com a eleição mais fácil para a presidência da Casa Legislativa, no início do ano, sem acordos, seria João de Deus/MDB, que teria até os votos da oposição.
É extremamente natural também que o candidato do prefeito para sua sucessão seja alguém do seu partido, mesmo porque foi o partido mais votado para a Câmara Municipal e fez a maior bancada, com 05 vereadores. Mas não creio que Luciano já seja o nome definido pelo atual gestor. Outros nomes figuram na legenda, como o próprio João de Deus, que tem uma base sólida de apoiadores e pelo visto não quer concorrer mais uma vez, ao legislativo.
Já no grupo de aliados, o prefeito tem o seu vice, Renan Pereira/DEM, que terá o discurso favorável de ser do partido de ACM Neto, potencial nome na disputa pelo governo do Estado. Tem ainda o atual secretário de educação, Geraldo Trindade, presidente do PSC, um partido forte e com representação em vários seguimentos sociais e, ao contrário de 2020, Geraldo não vai abrir mão da disputa tão facilmente. Tem ainda Alfredo Cabral de Assis, presidente do PSD que mesmo não tendo apoiado formalmente a reeleição de Rodrigo Hagge, também tem um partido forte e um potencial candidato a governador, Otto Alencar, além de ter sido vereador por dois mandatos e ter um número incontável de apoiadores.
É evidente que o prefeito não irá declarar qual o nome de sua preferência, embora eu creia que seja alguém do seu partido, o MDB. O “galeguinho dos zói azul” pode ser a carta na manga, mas não é momento de blefar, no jogo.
Por Maurício Gohmes
