ITAPETINGA-SUDOESTE BAIANO
No final da tarde de hoje, 05/06, uma paciente de nome Stéfane Costa Santos, de 22 anos de idade e portadora de problemas neurológicos e respiratórios chegou ao Hospital Cristo Redentor, em ambulância do SAMU 192, cuja equipe estava devidamente paramentada de acordo com os protocolos instituídos pelo MS, no caso de atendimento a pacientes com suspeita de Coronavírus.
O médico que a atendeu foi o Dr. Silvio Macedo que além de estar atendendo é também coordenador do Pronto Socorro do HCR e Presidente da Santa Casa de Misericórdia de Itapetinga, entidade filantrópica à qual pertence o HCR.
Reclamando de falta de estrutura (sem respiradores e monitores) e alegando recomendação da SESAB para pacientes suspeitos de coronavírus e em estado grave sejam encaminhados para o Hospital de Base de Vitória da Conquista, o Dr. Silvio Macedo recusou atender a paciente a encaminhando para a UPA.
Após dar entrada na UPA a paciente recebeu os primeiros socorros e foi iniciada a regulação para transferência para Vitória da Conquista, mas por volta da 21:00h, um parente responsável assinou documento se responsabilizando e levou a paciente para sua residência, desistindo da regulação e consequente transferência.
O teste rápido efetuado em Stéfane deu negativo para o Coronavírus.
O fato gerou polêmica, pois alguns vídeos foram postados nas redes sociais. Também áudios do próprio médico explicando e justificando a sua atitude foram parar nas redes.
Nossa redação tentou contato com o secretário municipal de saúde, com a Diretora Geral da Fundação José Silveira e com o Coordenador Executivo da Federação das Santas Casas do Estado da Bahia, mas sem sucesso. Não contatamos com o Dr. Silvio Macedo, pois a sua fala nos áudios que circularam nas redes traz em si a sua pronta opinião e justificativa.
Triste ver que um caso de saúde pública descambou para uma questão político partidária, pois foi o que mais ficou evidente nos grupos políticos de WhatsApp , Facebook e outros aplicativos..
A Stéfane, desejamos pronta recuperação.
Por Maurício Gohmes
