O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, criticou as medidas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que determinam a obrigatoriedade do uso de máscaras e disse que a medida “jamais pode ser imposta a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos”.
As declarações foram feitas em um documento destinado ao presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, que data da segunda-feira (13). No documento, Gallo aponta estudos e publicações que supostamente demonstram a ineficácia do uso de máscaras como forma de prevenir a disseminação da Covid-19.
No início, ele diz que seria um dever do CFM “avaliar o saber científico disponível acerca do impacto da adoção de políticas públicas de saúde recomendando ou obrigando a população a usar máscaras faciais como estratégia de contenção da pandemia da Covid-19”. E diz que a medida é “um tema ainda controverso”.
Gallo listou os trabalhos que favoráveis e desfavoráveis ao uso da máscara de forma disseminada e conclui que: “não há evidência científica de que o uso de máscaras de forma banalizada e disseminada na comunidade tenha algum impacto sobre a transmissão de Covid-19 ou mesmo redução de adoecimento.”