Os rumores nos bastidores políticos dão conta de que a reprise do apoio do MDB ao PT, ocorrido em 2006 para governador da Bahia seja mais do que provável. Geddel fecha com Lula e apoia Jaques Wagner para governador. Este é o cenário mais provável.
É evidente que os Vieira Lima não pleitearão nenhum cargo eletivo, mas os acordos serão fechados em torno de cargos em órgãos da administração pública baiana caso o PT consiga a improvável eleição de Wagner para governador do Estado.
Com apenas 31 prefeituras na Bahia, o Partido dos Trabalhadores tem nos aliados PSD e PP sua maior força e agora busca o apoio do MDB, uma vez que os antigos puxadinhos (PC do B e PSB) são tidos como apoio incondicional.
Em Itapetinga quem não está muito preocupado com esse desfecho é o prefeito Rodrigo Hagge, que apesar de ser filiado ao MDB desde os tempos de menino, deve sua eleição e reeleição para prefeito às lideranças locais Michel Hagge e José Otávio Curvelo, desprendido das siglas partidárias. Aliás, para sua reeleição o atual prefeito teve muito de seu eleitorado próprio, conquistado ao longo dos primeiros quatro anos de gestão.
Resta saber até onde o festejado apoio do MDB baiano ajudará a desgastada chapa do PT, uma vez que na Bahia o nome para a vice-governadoria só pode sair de dois partidos, PP e PSD.
O apoio do MDB seria logístico e sem nenhum suporte estrutural, mesmo porque a exemplo do ex-presidiário Lula, os Vieira Lima não gozam mais de tanta popularidade.
A novela é longa e só nos resta aguardar a cenas do próximos capítulos.
Por Maurício Gohmes
