ITAPETINGA-SUDOESTE BAIANO
E mais uma vez a imprensa baiana, comprada pelo governador Rui Costa, se cala diante de um fato estarrecedor.
A denúncia da atuação de um falso médico na UTI do Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga, apavorou a região, uma vez que muitos pacientes diagnosticados com Covid-19 passaram por esta Unidade de Terapia Intensiva.
A Polícia Civil assumiu o caso e iniciou as investigações para apurar o fato.
Vereadores ligados ao governo do Estado da Bahia (PT e PDT), acionados pelo deputado Rosemberg Pinto, do PT, imediatamente deram entrada com um pedido de CPI para apurar os fatos, tentando jogar a responsabilidade para o prefeito municipal e para a secretaria municipal de saúde, conseguindo, inclusive, as assinaturas de uns poucos vereadores despreparados, de início de primeiro mandato, mas que após reunião com o delegado titular da Polícia Civil, os mesmos retiraram seus nomes e o número mínimo de um terço das assinaturas para abertura de CPI, não foi
atingido.
Mas de quem é mesmo a responsabilidade pela atuação de um falso médico em uma UTI de um hospital do interior da Bahia? A polícia é quem vai dizer. Porém, inicialmente é evidente a responsabilidade solidária do Governo do Estado, por vários motivos:
1. O Hospital Cristo Redentor pertence a uma entidade filantrópica, a Santa Casa de Misericórdia de Itapetinga e é administrado pela Fundação José Silveira, entidade de personalidade jurídica privada;
2. A Prefeitura Municipal de Itapetinga não tem relação direta com o HCR senão a contratação de alguns serviços e procedimentos médicos, nos quais não está incluso o atendimento em UTI;
3. O Estado da Bahia, pela sua Secretaria Estadual de Saúde, é quem Habilita, contrata e paga a FJS pelas ocupações dos leitos de UTI;
4. As vagas na UTI são ocupadas e gerenciadas pela Central de Regulação de Leitos do ESTADO DA BAHIA e utilizadas por todos os municípios baianos;
Portanto, de quem mesmo é a responsabilidade de acompanhar a inscrição e contratação de médicos que atuam em Unidades de Terapia Intensiva, o município ou o Estado?
O caso do suposto falso médico Gean Franco foi abafado pelo Governo do Estado e o seu maior representante na Região, o deputado Rosemberg Pinto, tenta desviar a atenção exigindo de seus vereadores que seja aberta uma CPI na Câmara Municipal para investigar a Prefeitura de Itapetinga, quando o mesmo deputado deveria cobrar abertura de CPI na Assembléia Legislativa para apurar o sumiço dos respiradores e o uso dos 92 bilhões de reais enviados pelo governo Bolsonaro à Bahia.
Por aqui, nós não vamos nos calar.
Por Maurício Gohmes
