ITAPETINGA: É IMPOSSÍVEL A UNIÃO ENTRE O PT E RODRIGO HAGGE

Itapetinga-Sudoeste Baiano

Alguém já disse que “impossível” é uma palavra que não existe no calendário político, no que diz respeito a alianças entre grupos adversários. A União DEM/MDB, leia-se Michel Hagge e José Otávio, que o diga.

Mas para o cenário que se avizinha, as eleições municipais de 2024, a união entre o grupo do atual prefeito e a sua oposição, liderada pelo ex-prefeito José Carlos Moura, é praticamente impossível.

Primeiro porque desde o final da década de 1970, quando os grupos políticos se dividiam entre o sapo e o jacaré (padre Altamirando e Espinheira) e, posteriormente, entre gabiraba e bacalhau (Michel Hagge e José Otávio Curvelo), nenhum outro nome se apresentou ou se firmou como liderança política para se contrapor aos antigos líderes.

Rodrigo Hagge, mesmo assumindo seu primeiro mandato na tenra idade conseguiu até agora se firmar como a mais expressiva liderança política de Itapetinga dos últimos tempos, quer você concorde com isso, ou não. O “menino” consegue se articular e unir seu grupo em momentos críticos, sabe lidar com a oposição de forma extremamente política (a confirmação de sua presença em atos administrativos do governo estadual, no município é prova disso), e abre espaço para que muitos de seu grupo se apresentem como pré-candidatos a prefeito, desfazendo aquele estigma da “carta no bolso”.

O grupo de oposição indiscutivelmente terá o nome para encabeçar a chapa majoritária a partir de indicação do ex-prefeito JCM que, mesmo não sendo uma liderança consolidada, é quem tem recall e legado político, portanto, é ele quem dará as cartas. Unir o grupo já é outros quinhentos. Digo sempre que nas oposições pode haver ajuntamento, mas não união, entre eles.

No grupo do atual gestor a união será orgânica e bem conduzida. Quanto a nomes, é cedo demais para definir. Mas união entre o PT de José Carlos Moura e o grupo de Rodrigo Hagge “impossible”.

Por Maurício Gohmes