ITAPETINGA-SUDOESTE BAIANO
Nas chamadas “reviravoltas” da política ninguém esperava que tão cedo houvesse o racha entre Geraldo Trindade e Rodrigo Hagge. Na esfera técnica o ex-secretário de educação deixou um legado à frente da pasta e no âmbito político acumula experiência ao longo do tempo em que esteve ligado ao grupo do ex-prefeito José Otávio Curvelo, sendo uma das peças mais importantes do jogo político, durante aquele período.
Geraldo confessou em entrevista que não via possibilidade de galgar seus objetivos políticos no grupo do Prefeito e que uma hora ou outra sairia para buscar seu espaço em outras plagas. Só não esperava que fosse tão cedo.
Após a saída de Geraldo do grupo do prefeito o mesmo passou a ser assediado pelo PT e por um dos partidos aliados da campanha petista, no caso, o MDB, de Rodrigo Hagge.
O MDB baiano apóia a pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues, do PT, e não vê com bons olhos o fato de Rodrigo Hagge não acompanhar a sigla em nenhum dos cargos disputados, ou seja, desde deputado estadual ao presidente da República, Hagge fechou com adversários do PT, contrariando os irmãos Vieira Lima que podem tirar a direção do MDB local das mãos dos Hagge e dá-lo ao ex-secretário Geraldo Trindade. Nesse caso, qual seria o destino de Rodrigo Hagge e todo o seu grupo, sendo que a maioria absoluta dos seus apoiadores são de emedebistas das antigas? Há quem diga que o Republicanos, de Zenaide Novais, seja a opção inicial.
A saída dos Hagge do MDB quebraria uma tradição histórica de Michel Hagge que sempre votou alindo com o seu partido, mas, como disse, essas são as “reviravoltas” da política.
Por Maurício Gohmes