É evidente que, a exemplo de muitos outros conservadores, não vou aqui julgar nem avaliar a forma como o deputado Daniel Silveira se expressou em relação aos ministros do STF. Contudo, ele tem as prerrogativas parlamentares e uma delas a imunidade em sua fala e voto. Situação mais agravante foi um grupo de militantes de esquerda jogar tinta vermelha e fazer arruaça em frente à residência de uma ministra do STF que, a época, era a presidente da Suprema Corte.
Manifestantes contrários à prisão do ex-presidente Lula foram até o apartamento da então presidente do STF, a ministra Carmem Lúcia e jogaram tinta vermelha (cor de guerra e do PT) em seu apartamento. Tudo filmado e noticiado, mas não houve punição aos criminosos.
Veja texto da matéria publicada no Correio Brasiliense, na época (06 de abril de 2018).
“Na tarde desta sexta-feira (6/4), cerca de 450 manifestantes do MST e do Levante Popular estiveram em frente ao prédio da ministra Cármen Lúcia, no Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Em vídeo postado no Twitter do movimento, os manifestantes aparecem reunidos em protesto contra a prisão do ex-presidente Lula e jogam tinta de cor vermelha contra o prédio em que a ministra tem um apartamento e contra a calçada.
Segundo o MST, o ato foi planejado desde quinta-feira (5/4) para protestar contra a decisão da Justiça. Os manifestantes só deixaram o local após a chegada da polícia militar.
Logo depois do protesto, os manifestantes se dirigiram para a Praça Sete, no centro da capital mineira, onde se concentra o grupo que protesta contra a ordem de prisão ao ex-presidente Lula”.
Por Maurício Gohmes