O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu uma entrevista coletiva improvida na entrada da sede do Ministério na manhã desta sexta-feira, 7, para falar sobre o combate à pandemia da Covid-19. A Jovem Pan News transmitiu a conversa com jornalistas ao vivo durante o JorManal da Manhã. Queiroga destacou o que chamou de “pandemia de narrativas que não se sustentam” e reclamou de não haver uma melhor divulgação do trabalho da Pasta em prol da população brasileira. Segundo ele, um estudo da Universidade de Oxford apontou que o trabalho que vem sendo conduzido por ele em relação às vacinas da Covid-19 é acertado e traz bons resultados na imunização.
Ao ser questionado sobre o vazamento de dados pessoais de médicos que participaram da Audiência Pública do Ministério na última terça-feira, 4, Queiroga subiu o tom para lembrar que o assunto deveria ser questionado à deputada Bia Kicis, envolvida na situação e que a questão de nada tinha a ver com o tema da entrevista, a pandemia. Ele ainda destacou os resultados positivos do seu trabalho. “O que isso interfere? Em nada. Interfere em nada no combate à pandemia. O ministro da saúde sou eu. Sou eu que comando o Ministério da saúde e os resultados estão aí. Todos os brasileiros sabem, uma queda de 90% dos óbitos, e nós aqui trabalhamos duro, como vocês sabem, todos os dias. O que a gente vê é uma verdadeira pandemia de narrativas que não se sustentam. Somente para criar dificuldades, tumultuar o ambiente que já é complexo por si só. Todo dia tem uma notícia absolutamente inútil. Ontem, nós divulgamos aqui um plano para ampliar a participação de pediatras e de obstetras à atenção primária. Quantas linhas na imprensa? Nenhuma. Isso não interessa”, criticou. “O governo tem atuado de maneira muito forte. Todas as vacinas adquiridas pelo governo federal, inclusive as vacinas infantis, que foram adquiridas tempestivamente, ao contrário do que se diz nas narrativas”.
Queiroga ainda falou sobre um grupo de secretários que o denunciou ao Conselho Federal de Medicina na última quinta-feira, 6. Ele disse não se preocupar com a situação e mandou um recado para o grupo. “Ontem, um grupo de secretários de médicos do Cosems me denunciaram ao Conselho Federal de Medicina. Ótimo! Podem denunciar. Que, aliás, o ministro Ricardo Lewandowski já tornou essa ação aí, que foi feita por um partido, feralmente são partidos de esquerda, que no passado nada fizeram pela população brasileira, e nós aqui estamos fazendo, e o ministro Lewandowski tornou esse efeito, justamente porque o ministério tomou todas as providências devidas. Nós não temos nada a temer. Preocupação zero com essa representação. Se esses colegas quisessem ajudar eles deviam estar trabalhando na ponta, fazendo como eu, estou trabalhando aqui pelo povo brasileiro diuturnamente, levando políticas públicas consequentes em todas as áreas. Oncologia, na parte de terapia renal substitutiva, fortalecendo o atendimento nas terapias intensivas, mais 6,5 cinco mil leitos de terapia intensiva definitivos no sistema de saúde, uma política pública para levar pediatras e obstetras para atenção primária, mais de 400 milhões de doses de vacinas distribuídas”comentou.
E continuou: “Aí eu pergunto, vocês que estão me denunciando, quantas doses de vacina vocês distribuíram? Nenhuma. Se vocês tomaram vacina foi com as vacinas que eu distribuí. Pesquisas, universidades de ponta do mundo, a exemplo da Universidade de Oxford, vocês viram já em pré-print publicado no Lancet. Querem trazer informações científicas, não publique nas redes sociais. Submetam às revistas científicas, preferencialmente as de fatos de impacto elevado, Lancet, New England, vão lá, submete lá e, se for aprovada, vem aqui argumentar com base nos dados que produziram. O que mostrou essa pesquisa da Universidade de Oxford? Que a política pública adotada pelo Ministério da Saúde estava absolutamente acertada, porque a vacina que nós usamos para reforço produz 153 vezes mais anticorpos neutralizantes do que essa outra que, aliás, uma quantidade de doses foi aplicada como dose de reforço sem autorização da Anvisa. E o que foi feito? Não sei. E o que se noticiou? Também não sei. Quando se aplicou também quantitativo de doses não não aprovadas pela Anvisa em adolescentes. E aí? Vamos dizer a verdade à população brasileira e deixar de fazer narrativa sem fundamentação, porque elas não se sustentam e o povo não acredita nelas”, finalizou Queiroga.