O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) se encontrou nesta segunda-feira, 18, com o presidente do Solideriedade, Paulinho da Força. “Encontrei há pouco o deputado Paulinho, presidente do Solidariedade para uma boa conversa sobre o Brasil e a necessária construção de convergências na agenda política do país”, escreveu o tucano em seu Twitter. O deputado Aécio Neves (PSDB) também participou da reunião. Os dois políticos estão em um limbo político: o gaúcho foi preterido nas prévias do PSDB por João Doria, enquanto Paulinho da Força foi vaiado pela militância do Partido dos Trabalhadores em um encontro entre sindicalistas e o ex-presidente Lula (PT). Além de não ter o apoio dos eleitores petistas, o partido perdeu a chance de oferecer o vice na chapa encabeçada por Lula — Solidariedade foi um dos partidos sondados pelo ex-tucano Geraldo Alckmin. Após as vaias, Paulinho cancelou um evento que seria usado para oficializar o apoio à pré-candidatura do ex-presidente ao Palácio do Planalto.
Em busca de apoio para se lançar como um candidato viável para a terceira via, Leite encontrou um Solidariedade à deriva. Nesta quarta-feira, 20, o gaúcho iniciará a sua pré-campanha à Presidência da República. Mesmo sem ser o candidato oficial do PSDB, Leite é poiado por grandes caciques da legenda, como o ex-presidente nacional da sigla Tasso Jereissati e o senador suplente José Aníbal, que não veem chance da postulação de Doria, que tem alta rejeição e baixa intenção de voto, decolar. Ao lado do Cidadania, União Brasil e MDB, o PSDB negocia uma candidatura única de terceira via, o que também abre portas para a postulação de Leite. O ex-governador, no entanto, precisa se tornar conhecido em outros Estados além do Rio Grande do Sul e necessita de apoio de outros políticos fora do ninho tucano.