SE O CARGO FOSSE DE UM PARTIDO, MANDETTA AINDA ESTARIA NO MINISTÉRIO.

O ex-ministro provocou sua saída e quis fazê-lo na condição de vítima

O ex-ministro da saúde, Henrique Mandetta, comprou uma briga direta com o presidente da República e quis externá-la com uma atitude, no mínimo, desrespeitosa.

Todos sabem que a Rede Globo de Televisão é a principal adversária do atual presidente.

Desde que assumiu o seu mandato Bolsonaro não deu nenhuma entrevista a essa emissora que insiste em denegrir a imagem do seu governo.

De repente, o ministro da saúde, em plena crise política, pois é o que se tornou a pandemia do coronavírus no Brasil, resolve conceder uma entrevista EXCLUSIVA a um dos programas de televisão na emissora que mais ataca o seu chefe e ainda apresenta as divergências de pensamento no que diz respeito ao isolamento social, colocando o Executivo como vilão da história, ou seja, concedeu munição à famigerada emissora para atacar ainda mais o Governo.

Se o cargo de Mandetta pertencesse a um partido político, como acontecia no passado, ele permaneceria no ministério, afrontando o Governo e fazendo o jogo sujo do seu partido.

Mas hoje o Brasil tem um presidente que nomeia e “desnomeia” ministros quando quiser, desde que os motivos o justifiquem, pois ele não fez conchavo político com partido algum. Quem lhe concedeu o poder foi o povo e a esse povo ele deve satisfação. Na minha opinião, é inadmissível manter um adversário ao seu lado, principalmente em momentos de crise.

Mandetta pediu pra sair, armou um cenário e posou de vítima.

Como diz o outro, “já vai tarde”.

Por Maurício Gohmes