OTTO ALENCAR PODE ROMPER COM O PT, CASO NOME DE WAGNER SEJA MANTIDO POR RUI COSTA

Senador OTTO Alencar (PSD), 107 prefeitos eleitos em 2020, na Bahia

A insistente e arrogante mania do Partido dos Trabalhadores em querer ser o cabeça de chapa nas eleições majoritárias tem lhe causado grandes vexames. Um exemplo disso foi a acachapante derrota na Capital do Estado e nas duas maiores cidades do interior da Bahia (Feira de Santana e Vitória da Conquista).

Não bastassem essas derrotas, o fato de ter um dos piores desempenhos entre os partidos da base aliada, no interior – o PT elegeu apenas 32 prefeitos, ao passo que o PP do vice-governador João Leão elegeu 92 e o PSD, do senador Otto Alencar, elegeu 107 – ainda tem o crescimento do Democratas, cujo nome mais cotado é o do prefeito de Salvador, ACM Neto, que chega com força total para a disputa.

Senador Jaques Wagner (PT), 32 prefeitos eleitos, em 2020

O PT é uma sigla desgastada, mas que insiste em ser protagonista num momento em que entrou em evidente antagonismo, e o senador Otto Alencar sabe disso.

Querer impor o nome do ex-governador Jaques Wagner é o mesmo que abrir precedentes para um potencial rompimento com o líder do PSD, na Bahia, o senador Otto Alencar, que, apesar de sempre se mostrar fiel à aliança com o governador Rui Costa, sabe do seu valor político e da oportunidade que tem de unir forças com outros partidos da base em torno de seu nome.

Se houver coerência por parte do PT, essa briga poderá ser evitada.

Por Maurício Gohmes