Pacheco, Lira e Guedes alinham discurso por reformas e retorno do auxílio emergencial

Após encontro com o ministro, Rodrigo Pacheco falou que o foco será na reforma tributária, com prazo para aprovação de até oito meses

O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve, nesta quinta-feira, 04, reunido com os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Na pauta dos encontros, ocorridos separadamente, esteve a discussão do cronograma de votação das reformas no Congresso Nacional, além do auxílio emergencial.  Para o presidente da Câmara, Arthur Lira, o Congresso está “absolutamente sintonizado” com o governo federal e com a pauta das reformas. “Estamos absolutamente sintonizados com o ministério da Fazenda, com o governo federal, com a pauta das reformas, com a solidificação da nossa economia, previsibilidade e com harmonia”, disse. A prioridade, segundo ele, será a votação da reforma administrativa, que muda os contratos e relações de trabalho dos servidores públicos. Paulo Guedes afirmou que vê um horizonte positivo para o andamento das pautas com a nova presidência. “Foi uma vitória expressiva, uma vitória importante que nos deixa esperançosos e, na verdade, até confiantes na retomada da agenda de reformas. Como ele disse, nós vamos trabalhar juntos”, pontuou.

Após encontro com o ministro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, falou que o foco será na reforma tributária, com prazo para aprovação de até oito meses. Ele também cobrou ações do governo na área social. “A pandemia continua e, agora, eu vim ao ministro da Economia, Paulo Guedes, externar o que é uma preocupação no Congresso Nacional”, disse, defendendo ajuda para a população mais vulnerável. Guedes explicou que um eventual pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial depende de um novo ajuste fiscal e chegaria para 32 milhões de brasileiros, metade dos beneficiados no ano passado. “O outro grupo dos invisíveis é o que estamos focalizando a ajuda. É possível, nós temos como orçamentar isso, desde que seja dentro de um novo marco fiscal, robusto o suficiente para enfrentar eventuais desequilíbrios”, esclareceu. Segundo o ministro, boa parte de quem recebeu o benefício em 2020 está inserida em outros programas sociais do governo, mostrando que não seria necessário levar a assistência a tanta gente em uma eventual nova fase.