Falando à Jovem Pan em sua primeira entrevista após ser detido por decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) criticou as ações do magistrado e afirmou que “não sabe ao certo” o motivo pelo qual foi preso. Ele considerou o mandato de prisão em flagrante de Moraes como uma “fenda jurídica” e comparou a ação da polícia, de chegar “na calada da noite” para prendê-lo, com ações da KGB, serviço secreto da União Soviética durante o governo do ditador Joseph Stalin. “Eu não sei por que fui conduzido, não sei por que eu fiquei na sede da PF, no presídio, por que eu estou aqui agora com medidas cautelares em mais uma prisão domiciliar escamoteada”, declarou.
Mais de uma vez, o deputado considerou que o país vive em um estado de exceção e declarou que a decisão de Moraes, referendada pelo Plenário do STF e pela Câmara dos Deputados, foi mais política do que jurídica. O deputado também negou que tenha feito qualquer alusão à volta do AI-5 no vídeo usado como prova para que ele tenha sido preso em flagrante. “Em momento algum eu fiz alusão a que eu quisesse, por exemplo, um AI-5, até porque o que eles fizeram comigo foi muito pior do que o AI-5, na verdade, muito mais antidemocrático, mas eu não defendi, e mesmo que em uma situação muito hipotética eu defendesse, ainda ia estar abarcado na liberdade de expressão, isso aí não é crime”, disse. Diante do que considera uma censura nas suas redes sociais, ele afirmou que ainda não conseguiu retomar totalmente seu papel de parlamentar, já que enfrenta obstáculos para conversar com outros políticos, e prometeu acionar cortes internacionais para averiguar as circunstâncias da sua prisão.
FONTE:JOVEMPANNEWS