ESTADO DE SAÚDE BOLSONARO INSPIRA CUIDADOS. HERANÇA DA FACADA, EM 2018.

Após uma nova internação e um agravamento de seu quadro clínico, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve permanecer em repouso domiciliar durante todo o mês de julho, cancelando compromissos políticos e suspendendo sua agenda pública. Desde que foi esfaqueado em 2018, o ex-mandatário tem comparecido diversas vezes ao hospital e realizado procedimentos médicos complexos. Mas o que se sabe sobre o estado de saúde atual de Bolsonaro?

Bolsonaro foi submetido a uma endoscopia digestiva. Segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Vila Nova Star, de São Paulo, nesta quarta-feira (2), ele foi diagnosticado com intensa esofagite, gastrite moderada, refluxo gastroesofágico e hérnia de hiato. Além disso, exames apontaram gastroparesia (retardo no esvaziamento gástrico), alterações hepáticas e pressão arterial elevada.

O documento é assinado pelos médicos Cláudio Birolini (cirurgião-geral) e Leandro Echenique (cardiologista). A equipe recomenda que Bolsonaro evite qualquer esforço físico ou vocal, mantenha uma dieta leve e siga tratamento medicamentoso rigoroso. 

“O objetivo é garantir a completa recuperação após cirurgia extensa, internação prolongada, episódio de pneumonia e crises recorrentes de soluços”, afirmaram os médicos. Em suas redes sociais, Bolsonaro reforçou a orientação dada pelos especialistas.

O QUE É A ESOFAGITE INTENSA

A esofagite intensa é causada pelo refluxo ácido constante, agravado pela hérnia de hiato, que permite o retorno do conteúdo gástrico ao esôfago. A gastrite moderada e a gastroparesia dificultam a digestão e causam náuseas, vômitos e perda de apetite. A pressão arterial elevada e as alterações hepáticas também exigem monitoramento contínuo.

“Após consulta médica de urgência foi-me determinado ficar em repouso absoluto durante o mês de julho. Do exposto ficam suspensas as agendas de Santa Catarina e Rondônia. Crise de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impedem até de falar”, postou o ex-presidente no “X”.

Apesar da internação ocorrer nesta semana, o estado de saúde do ex-presidente já aparentava se agravar antes da manifestação ocorrida na Av. Paulista (SP), no domingo (29). Ao participar de uma transmissão na rádio AuriVerde Brasil, no dia anterior (28), Bolsonaro chegou a abaixar a cabeça após realizar um comentário, demonstrando desconforto. Minutos depois, o apresentador Alexandre Pittoli anunciou que o presidente deixaria a transmissão para descansar para o ato no dia seguinte. Durante a manifestação na capital paulista, o ex-mandatário também apresentou evidente cansaço ao lado dos aliados.

Segundo o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que é médico, a esofagite intensa é uma consequência provável do refluxo, algo comum após cirurgias extensas como a que Bolsonaro enfrentou em abril. “O que é esperado numa cirurgia tão grande, que mexe tanto com os intestinos, com o conteúdo do abdômen, é que possa aumentar a pressão e ter um refluxo maior”, explicou o parlamentar.

Terra também destacou que, mesmo com uma recuperação rápida, o risco de refluxo persiste devido à manipulação intensa durante o procedimento cirúrgico. “Isso não é raro em pessoas que fazem uma cirurgia desse tamanho, que durou tanto tempo”, afirmou.

O deputado afirma que Bolsonaro deve evitar viagens e atividades públicas durante o período de recuperação. “Ele não pode ficar andando toda hora, viajando. Pelo menos durante uns 15 dias, 20 dias, ele vai ter que fazer um repouso”, alertou.

DISCIPLINA É ESSENCIAL NO TRATAMENTO DA ESOFAGITE, ALERTA MÉDICO

O tratamento da esofagite exige mudanças de hábitos e disciplina para evitar complicações, segundo o médico Walter M. Nobrega. “O tratamento envolve alguns ajustes como emagrecer, parar de fumar, elevar a cabeceira da cama, evitar alimentos com álcool, cafeína e gordura em excesso, além do uso de medicações que ajudam na proteção da mucosa e na redução da acidez estomacal, como os inibidores da bomba de próton”, explicou, citando os medicamentos da família do omeprazol como exemplo.

Segundo o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que é médico, a esofagite intensa é uma consequência provável do refluxo, algo comum após cirurgias extensas como a que Bolsonaro enfrentou em abril. “O que é esperado numa cirurgia tão grande, que mexe tanto com os intestinos, com o conteúdo do abdômen, é que possa aumentar a pressão e ter um refluxo maior”, explicou o parlamentar.

Terra também destacou que, mesmo com uma recuperação rápida, o risco de refluxo persiste devido à manipulação intensa durante o procedimento cirúrgico. “Isso não é raro em pessoas que fazem uma cirurgia desse tamanho, que durou tanto tempo”, afirmou.

O deputado afirma que Bolsonaro deve evitar viagens e atividades públicas durante o período de recuperação. “Ele não pode ficar andando toda hora, viajando. Pelo menos durante uns 15 dias, 20 dias, ele vai ter que fazer um repouso”, alertou.

DISCIPLINA É ESSENCIAL NO TRATAMENTO DA ESOFAGITE, ALERTA MÉDICO

O tratamento da esofagite exige mudanças de hábitos e disciplina para evitar complicações, segundo o médico Walter M. Nobrega. “O tratamento envolve alguns ajustes como emagrecer, parar de fumar, elevar a cabeceira da cama, evitar alimentos com álcool, cafeína e gordura em excesso, além do uso de medicações que ajudam na proteção da mucosa e na redução da acidez estomacal, como os inibidores da bomba de próton”, explicou, citando os medicamentos da família do omeprazol como exemplo.

Segundo o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que é médico, a esofagite intensa é uma consequência provável do refluxo, algo comum após cirurgias extensas como a que Bolsonaro enfrentou em abril. “O que é esperado numa cirurgia tão grande, que mexe tanto com os intestinos, com o conteúdo do abdômen, é que possa aumentar a pressão e ter um refluxo maior”, explicou o parlamentar.

Terra também destacou que, mesmo com uma recuperação rápida, o risco de refluxo persiste devido à manipulação intensa durante o procedimento cirúrgico. “Isso não é raro em pessoas que fazem uma cirurgia desse tamanho, que durou tanto tempo”, afirmou.

O deputado afirma que Bolsonaro deve evitar viagens e atividades públicas durante o período de recuperação. “Ele não pode ficar andando toda hora, viajando. Pelo menos durante uns 15 dias, 20 dias, ele vai ter que fazer um repouso”, alertou.

DISCIPLINA É ESSENCIAL NO TRATAMENTO DA ESOFAGITE, ALERTA MÉDICO

O tratamento da esofagite exige mudanças de hábitos e disciplina para evitar complicações, segundo o médico Walter M. Nobrega. “O tratamento envolve alguns ajustes como emagrecer, parar de fumar, elevar a cabeceira da cama, evitar alimentos com álcool, cafeína e gordura em excesso, além do uso de medicações que ajudam na proteção da mucosa e na redução da acidez estomacal, como os inibidores da bomba de próton”, explicou, citando os medicamentos da família do omeprazol como exemplo.

14 de julho de 2021 – Nova obstrução intestinal

O ex-presidente foi internado novamente com um quadro de obstrução intestinal, dessa vez causado por aderências intestinais e, segundo ele, agravado por não mastigar corretamente um prato de macarrão. A cirurgia foi cogitada, mas o tratamento clínico foi suficiente.

3 de janeiro de 2022 – Obstrução intestinal por camarão

Após férias em Santa Catarina, Bolsonaro foi internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, com nova obstrução intestinal, atribuída a um camarão não mastigado. Novamente, a cirurgia foi evitada com tratamento clínico.

12 de setembro de 2023 – Cirurgias digestiva e respiratória

Bolsonaro foi submetido a duas cirurgias simultâneas: uma endoscopia digestiva para tratar refluxo gástrico e uma septoplastia (correção do septo nasal). Também foram realizados procedimentos na região oro-nasal. O boletim médico classificou a recuperação como satisfatória.

4 de maio de 2024 – Internação por erisipela

O ex-presidente foi internado com um quadro de erisipela, uma infecção bacteriana na pele, geralmente causada por baixa imunidade ou problemas circulatórios. Ele recebeu antibióticos intravenosos e permaneceu em observação por alguns dias.

13 de abril de 2025 – Cirurgia de grande porte

Após passar mal durante um evento no Rio Grande do Norte, Bolsonaro foi transferido para Brasília, onde passou por uma cirurgia de 12 horas para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi de grande porte, mas ocorreu sem intercorrência

20 de junho de 2025 – Indisposição estomacal

No dia 20 de junho, Bolsonaro também enfrentou uma crise de soluços e vômitos e precisou interromper uma agenda em Goiânia (GO). Após exames, ele foi diagnosticado com um quadro de pneumonia viral.

1º de julho de 2025 – consulta de emergência

Bolsonaro voltou a passar mal nesta terça-feira (1º), passou por consulta de emergência e foi internado em São Paulo. Segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Vila Nova Star, nesta quarta-feira (2), ele foi diagnosticado com intensa esofagite, gastrite moderada, refluxo gastroesofágico e hérnia de hiato. Além disso, exames apontaram gastroparesia (retardo no esvaziamento gástrico), alterações hepáticas e pressão arterial elevada.