Hoje tive a honra de, acompanhado do amigo Nilton Cirqueira, visitar o casal Luiz Carlos Neves e sua esposa, Ellen Neves.
Antes, as amigas Bonny Cordeiro e Portelinha nos informaram de um precioso acervo radiofônico que o casal guarda há décadas, lembranças físicas que registram um passado de sucesso na técnica e construção de emissoras por esse Brasil afora.
Natural de Petrópolis, Luiz Carlos Neves começou desde cedo a trabalhar no rádio e assumiu todas as funções, até mesmo improvisando com maestria na interpretação dos extintos rádios teatro e rádio novela.
Na técnica, ele foi o responsável pela instalação de inúmeras emissoras de rádio, principalmente na Bahia.
No ano de 1983, o saudoso José Luna Filho (Luninha), chegou a Salvador para, na Rádio Sociedade da Bahia, conversar com Luiz Carlos Neves e pedir um projeto de instalação de uma emissora AM, no interior do Estado, numa cidade chamada Itapetinga. Foi o primeiro encontro que resultou numa sólida amizade que só foi separada fisicamente, quando do falecimento do saudoso Luninha. Foi gratificante ver e ouvir a satisfação com que Luiz Carlos Neves se referia ao filho do terceiro prefeito de Itapetinga.
Luiz Carlos Neves foi o técnico responsável pela instalação da Rádio Fascinação AM, desde a escolha do local para instalação da antena transmissora aos equipamentos dos estúdios de locução e gravação de vinhetas e spots comerciais.
Ele cita com satisfação os primeiros momentos da Emissora no AR, lembra de radialistas pioneiros como Edilson Lima, Fernando Moulim, Beto Fernandes, Risélia Cordeiro, Bonny, Cordeiro, Portelinha e outros.
Para se instalar uma emissora de rádio no sistema analógico de antigamente era necessário ter muita experiência, competência e amor ao que faz. Atributos constantes deste grande homem.
Não poderia deixar de compartilhar um pouco deste momento gratificante que tivemos de ver e conversar um pouco com Luiz Carlos Neves, o homem que instalou e colocou no ar a Rádio Fascinação de Itapetinga, que em julho completará 41 anos de funcionamento.
Por Maurício Gohmes
